Pára e espreita para o teu caminho.
Sente a terra que pisas.
Ouve as raízes desse chão e toma consciência que as moldas com a planta dos teus pés.
Observa que essas raízes são o alimento que levas à boca, afeiçoado pelas tuas próprias mãos.
Observa que essas raízes são o alimento que levas à boca, afeiçoado pelas tuas próprias mãos.
Por momentos só existe Terra.
Passa uma brisa. Ouve o seu sussurro, porção a porção na extensão do teu corpo.
Sente o afago generoso do vento e inspira-o com a tua pele.
Por momentos só existe Ar.
Podes fechar os olhos e ouvir o sol para lá das tuas órbitas.
Sente a luz ardente que te aconchega dentro das pálpebras e avança para dentro de ti. Aproveita essa luz para espreitar até às tuas profundezas.
Por momentos só existe Fogo.
Então, podes passear por cada um dos teus órgãos e ouvir a sua dor. Apenas e só espreitar o ela que te diz, sem tirar nem pôr .
É quando começas a sentir o coração e o seu compasso, os líquidos que pulsam, correm e voltam.
É quando começas a sentir o coração e o seu compasso, os líquidos que pulsam, correm e voltam.
Ouve o teu fluído, pois por momentos só existe Água.
O teu corpo é um caminho, percorre-o com atenção. Sente os seus elementos.
Espreita e farás a travessia para o eterno Agora, apenas e só ouvindo.